O município de Vargem Alta enfrentou suas duas maiores enchentes 2020 e 2024, e nas duas ocasiões uma mesma barragem se rompeu. Esses eventos catastróficos deixaram marcas profundas nas vidas de centenas de famílias. Com união, força e resiliência, os munícipes conseguiram superar a tragédia de 2020 e estão superando a de 2024.
Nestes dois momentos marcantes de nossa história, é notável que uma situação se repetiu: O rompimento de uma mesma barragem, situada entre as localidades de Vargem Grande e Richimond, fato este que amplificou a tragédia, de acordo com especialistas.
Passado o momento inicial de auxiliar quem mais sofreu com o alagamento, devemos iniciar os trabalhos preventivos, analisar e refletir sobre essas tragédias, visando a segurança e o bem-estar de todos, principalmente dos moradores próximos aos rios que cortam o município de Vargem Alta.
E se no futuro voltar a acontecer a mesma tragédia durante o dia, em horário de aula, com a escola Alzira Gomes, na Avenida Beira Rio, ou na escola Vale da Lua, em Jaciguá, em pleno funcionamento? E se o mesmo o mesmo se repetir, desta vez de madrugada, com as pessoas dormindo em suas casas? Quantas vidas poderiam ser perdidas? Não somos contra o empreendimento de ninguém, mas a segurança coletiva de nossa população deve vir sempre em primeiro lugar.
Segurança coletiva e abaixo-assinado solicitando investigação:
Acredito ser necessário que a população de Vargem Alta, juntamente com as autoridades municipais e estaduais, bem como especialistas, se reúnam para debater soluções efetivas para evitarmos que isso ocorra novamente.
Nos próximos dias irei percorrer as localidades de Richimond, Vargem Grande, Sede, Morro do Sal e Jaciguá, conversando com moradores atingidos e recolhendo assinaturas em um abaixo-assinado, com vistas à prevenção de novas tragédias em nossa cidade e com o objetivo de solicitar uma ação popular para que o Ministério Público investigue esse caso e suspenda a concessão de uma nova licença de reconstrução desta barragem até que se faça uma audiência pública, onde seja apresentado um laudo das autoridades competentes para saber o que realmente acontece quando se tem um grande volume de chuva nas cabeceiras do Rio Novo, já que em dois momentos se provou que essa tal lagoa não aguenta a pressão e se rompe quando recebe muita água. Disse “Eliane Perin Turini” em entrevista para o Site Tampa Capixaba.