UM ESPETÁCULO DE ARTE E FÉ
Desde a criação da Paróquia São João Batista em 1923, as celebrações religiosas da semana Santa sempre foram muito concorridas, mas com certeza o evento que mais atraia o público era a tradicional Procissão do Senhor Morto da Sexta Feira Santa. Era uma procissão luminosa em que as pessoas levavam tochas feitas com bambu, envoltas em papel colorido, o que ocasionava um espetáculo de grandiosidade e muita beleza.
Os anos foram passando e graças ao espírito criativo do povo de nossa terra, no intuito de fazer um espetáculo diferente e também que fosse de cunho religioso, em 1971 foi realizada a primeira encenação, sob a direção do incansável líder comunitário o Sr. Agostinho Agrizzi
Este ano a Encenação da Paixão de Cristo de Jaciguá completou 40 anos, com um belíssimo espetáculo, inovações da iluminação e concepção de novas cenas: Jesus sendo tentado pelo Diabo no Deserto; Dialogo de Jesus e a Samaritana, Herodes manda matar crianças quando descobre que o Messias (o novo rei) nasceu, nesta cena foi realizada uma homenagem as crianças assassinadas em Realengo do Rio de Janeiro. E não podemos deixar de citar a ressurreição, onde Jesus sobe aos céus, causando no público emoção e devoção na esperança da volta do Cristo Salvador.
Foram cerca de 150 pessoas colaborando, dezenas de ensaios e muita fé para que este espetáculo de arte e fé pudesse acontecer. Este foi meu quarto ano consecutivo como diretor e desta vez contei com a colaboração e o profissionalismo do meu amigo Edivando Cereza, que ficou responsável pela sonoplastia e iluminação.
Julimar Paiva Ferraz Neves
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