No nosso último artigo discutimos os canais de comunicação e a importância deles em nosso cotidiano. Agora que você já sabe quando uma pessoa está mais visual, auditiva ou cinestésica vamos dar outro passo para a comunicação eficaz para que assim possamos falar de um assunto de interesse de muitas pessoas o Rapport.
Neste artigo irei falar sobre as pistas oculares de acesso, já sabe o que é? Se a resposta for não, prepare-se para começar a entender como seu interlocutor está pensando diante do diálogo, e assim aperfeiçoar o processo comunicativo entre vocês, ou até mesmo otimizar o tempo que você gasta para recuperar uma informação em sua memória. E se você já tem algum conhecimento na área, fique a vontade para adquirir mais informações a respeito do assunto.
As pistas oculares de acesso são seis movimentos que nossos olhos fazem para acessar determinada informação que está arquivada em alguma parte de nosso cérebro. Existe uma relação entre o movimento dos olhos e a recuperação desses dados. O movimento dos olhos está correlacionado com o local onde a informação está armazenada. Existe uma relação significativa entre o tipo de pergunta, visual, auditiva, auditiva digital – diálogo interno – e cinestésica, e as posições dos movimentos dos olhos quando uma pessoa está recuperando as informações solicitadas.
Cada pista ocular acessa a informação em uma determinada parte de cérebro, abaixo irei listar quais são esses seis movimentos e como podemos fazer com que nosso interlocutor acesse essas partes:
VC – Visual construído, busca acessar a parte criativa onde se cria uma imagem nunca vista pelo cérebro antes, os olhos movimentam-se para cima e á direita. Exemplos de perguntas que eliciam este tipo de acesso incluem: “Imagine um pé de abacate carregado de melancias”, “Com seria se você tivesse três olhos?”, “Imagine-se pintado de palhaço” e etc.
VR – Visual recordado, busca acessar imagens de coisas já vistas antes, os olhos movimentam-se para cima e à esquerda. Exemplos de perguntas que eliciam este tipo de acesso incluem: “Qual a cor dos olhos de sua mãe?”, “Qual era a cor da vela do seu último aniversário?”, “Quantas portas existem em sua casa?” e etc.
AC – Auditivo construído, busca acessar a parte criativa onde se cria sons ou palavras nunca ouvidas realmente dessa maneira antes e pôr-las juntas numa nova forma. Nesta pista os olhos movimentam-se na linha média e à direita. Exemplos de perguntas que eliciam este tipo de acesso incluem: “Ouça o canto das sereias”, “Invente uma musica dentro de sua cabeça”, “Se você pudesse fazer uma pergunta ao nosso último presidente, que diria?” e etc.
AR – Auditivo recordado, busca acessar a parte do cérebro onde armazenamos os sons ouvidos antes. Para isso os olhos movimentam-se na linha média e à esquerda. Exemplos de perguntas que eliciam este tipo de acesso incluem: “Como é o alarme do seu despertador?” “Como é o som de uma cachoeira?” “Qual a primeira palavra que você disse hoje?” e etc.
C – Cinestésico, busca acessar a parte do cérebro onde ficam arquivadas as emoções e sensações. Para isso os olhos movimentam-se para baixo e para direita. Exemplos de perguntas que eliciam este tipo de acesso incluem: “Como é a sensação de correr?” “Como você se sentiu hoje pela manhã, logo que acordou?”, “Como é a sensação de chupar um limão bem azedo ao amanhecer?” e etc.
AI – Auditivo interno ou Auditivo digital, busca acessar a parte do cérebro responsável pela conversa interna em que falamos para nós mesmos. Para isso os olhos movimentam-se para baixo e à esquerda. Exemplos de perguntas que eliciam este tipo de acesso incluem: “Diga algo a você mesmo, algo que você se diz freqüentemente”, “Recite um verso mentalmente”, “Experimente ouvir sua voz como se ela estivesse se formando no dedão do pé” e etc.
Obs: Para os canhotos os movimentos oculares podem ser invertidos.
Experimente fazer essas perguntas com algum conhecido e poderá perceber todas essas pistas oculares de acesso. Em alguns casos pode ocorrer de seu interlocutor não fazer esses movimentos, isso não quer dizer que o sistema busca dele está com defeito. Neste caso, só é formular outra pergunta, pois a pessoa pode ter passado pela experiência perguntada há pouco tempo e não necessitara fazer uma “busca” no cérebro para encontrar a informação solicitada.
Uma grande utilidade desse conhecimento é na recuperação de informações armazenadas em nosso cérebro, algo muito importante em vestibulares e concursos. Existe um determinado momento para muitas pessoas, em que mesmo sabendo uma determinada coisa, elas “não conseguem por a mão nela,” ou dizem “está na ponta da minha língua”, com o conhecimento das pistas oculares de acesso, o processo de recuperar a informação fica mais ligeiro, só tendo o trabalho de lembrar se a informação foi algo que você ouviu, viu ou sentiu, movimentando os olhos para as respectivas áreas com descrito acima.
Outra grande utilidade desse conhecimento é na área dos relacionamentos interpessoais – negociação, vendas, sedução e etc-, pois quando uma pessoa se comunica com outra, ela pode notar como o seu interlocutor está processando a informação através dos movimentos oculares, e assim ajustar o estilo de comunicação – visual, auditiva ou cinestésica – para tornar melhor e mais preciso o entendimento.
“O nervo ótico é quem transmite as idéias luminosas ao cérebro.”
De um candidato, numa prova de seleção para estagiários
Atendimentos:
Terças – Laboratório Pierri Quintas – Studio de Pilates Fluir
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