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O dia dos namorados

po REDAÇÃO TAMPA CAPIXABA
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Na sociedade capitalista em que vivemos o consumismo se constrói como um ponto fundamental dentro das vivencias e das necessidades de cada pessoa, tornando-se presente nas relações sociais de uma forma geral. Dessa forma, datas comemorativas existem antes de tudo para dá significação a esse espaço do consumismo e permitir que culturalmente sejam compartilhadas bases afetivas e a sociabilidade que proporcionam o bem estar físico psíquico e emocional.

Elivane Santos

Elivane santos estudante de psicologia e colunista tampa capixaba.


Entretanto, quando pensamos em algo para presentearmos alguém somos levados a um meio de dúvidas e preocupações de proporcionarmos ao outro uma boa sensação e interpretação da intenção que se encontra por trás do gesto de dá alguém algo escolhido e pensado por si. As inquietações que se fazem presentes a esse meio estão ligadas psiquicamente ao fato de fazer no outro uma lembrança de si envolto com um sentimento de gratidão e ternura, expressos no ato de prazer e importância de se presentear alguém afetivamente significativo.
Contudo, o dia dos namorados pode ser colocado como uma data exemplo diante da situação apresentadas. As pessoas começam a pensar no presente muito antes do dia e a indecisão quase sempre faz parte desse momento de escolhas e indagações do que o outro poderá pensar, sentir e querer.
Por outro lado, devemos pensar de forma reflexiva que o presente é algo mínimo, não no sentido de algo sem importância, mas no sentido de passar com o tempo, que o que fica nessas situações é a sensação de receber o carinho da pessoa amada, o significado de ser lembrado e querido, todavia, o que mais marca nas nossas vivencias são fatos, acontecimentos e momentos que poderão ser contados para o outro, permitindo assim desenvolvermos representações e sentimentos de vivermos cada situação.
Dessa forma, nesse dia dos namorados, além do presente que é a preocupação geral ou expectativa de cada pessoa, é importante pensarmos em proporcionarmos ao outro um dia agradável, um programa diferente, como por exemplo, ir ao cinema, viajar, sair para se divertir, ou seja, ir além do que os finais de semanas e essas datas comemorativas esperam, essa atitude vem além de superar as idéias consumistas, pois nem todos os momentos especiais devem necessariamente envolver gastos, como também proporcionar a pessoa um momento especial, que será lembrado no decorrer da vida.
No entanto, cabe refletirmos que cada pessoa e contexto vão apresentar um gosto e opiniões diferentes e que uma relação amorosa permite entendermos um pouco sobre a personalidade e necessidades do outro, podendo dessa forma, analisar cada situação para melhor vivermos datas especiais como o dia dos namorados.
Portanto, cabe a cada um decidir e escolher com criatividade, alegria e autonomia a melhor forma de comemorar e viver o dia dos namorados. Pois o presente em si, não carregará o verdadeiro sentido e significado do valor de cada pessoa. O tempo passa e os objetos e enfeites podem quebrar, as roupas saem de moda, os chocolates acabam e as flores murcham, mas o que resta e o que importa é o sentimento e a sensação de vivermos aquele momento, aquele dia especial, que culturalmente é compartilhado e que faz parte das nossas relações Psicossociais.

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